10 abril 2006

Provador de Sangue

Provei um trago de sangue.
Escorria incandescente pela pele.
Vermelho intenso, a manchar os lábios,
Que rasgavam o corpo e a alma,
De mais uma, da geração insangue.

Senti todo um êxtase sobrenatural.
Parecia que descobrira o segredo.
Aquele pelo qual alquimistas sonharam,
E vampiros se ligaram a morte.
Qual tormento pelo sabor total!

Saboreei-lo como um bom vinho.
Degustei-lo lentamente, sentindo a pureza,
O sabor, a temperatura, a espessura.
Tudo a escorrer pelo organismo.
Tendo o coração como caminho.

Ai! Um orgasmo terreno é tão bom.
Ver um corpo despido de preconceitos,
A esvaiar gotículas de sangue puro.
Dando-o a beber a um amante errante.
Gemendo, gritando, esbatendo som.

Ai! Carnívoro pecado capital.
Possuis-me rumo ao escuro.
Desejando a minha alma.
Seduzindo-me com tentações imorais.
Dando imortalidade a um simples mortal.

Isto é o resultado! Isto é o resultado!
Quando me perco por uma tentação.
Isto é o resultado! Isto é o resultado!
Quando toco no sobrenatural.

Encontro perdições orgiásticas,
Que me marcam na pele, que me perseguem.
Diariamente a percorrerem-me a mente.
Obrigando-me a caminhar por trovões,
Tempestades de análises, de ilações,
Reforçando a minha mentalidade.
Rumo á descoberta do ser.

1 comentário:

Anónimo disse...

fds e ainda tens a lata de dizer mal dos posts da minha afilhada...enfim