Coloca-te no meu lugar, tenta sentir as flores sem cor,
E pássaros sem chilreios, ou vento sem poder,
E fogo sem chama ou maresia sem odor.
Se conseguires, então vês o meu viver.
Então vês o meu viver, então vês o mundo em cinzento.
Então vês uma sombra isolada, a passar no meio da estrada.
Então vês essa imagem a afastar-se na segurança do teu retrovisor,
E então já não me vês, porque era eu a regressar a casa sem nada.
E continua a viver.
Acreditando na minha visão tenta olhar para o céu vazio,
As nuvens sem forma ou a lua a se esconder,
O Sol sem raios ou a neve sem frio,
Se conseguires, então acredita no meu viver.
Então acredita no meu viver, então vê o mundo em cinzento.
Então vê uma sombra isolada, a passar no meio da estrada.
Então vê essa imagem a afastar-se na segurança do teu retrovisor,
E então esquece-me, porque regresso a casa sem nada.
Era isto que tinha que acontecer não era? E sossega.
Os laços criados foram quebrados para a saída,
Este sitio que apago torna-se uma lembrança perdida,
O meu olhar vacila mas acredita nesta despedida.
Se encontrares alguém com olhar distante numa multidão,
Sou eu a escolher o melhor caminho na solidão!
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