28 fevereiro 2010

Caminhante (Wrestler…)

Coloca-te no meu lugar, tenta sentir as flores sem cor,

E pássaros sem chilreios, ou vento sem poder,

E fogo sem chama ou maresia sem odor.

Se conseguires, então vês o meu viver.

 

Então vês o meu viver, então vês o mundo em cinzento.

Então vês uma sombra isolada, a passar no meio da estrada.

Então vês essa imagem a afastar-se na segurança do teu retrovisor,

E então já não me vês, porque era eu a regressar a casa sem nada.

E continua a viver.

 

Acreditando na minha visão tenta olhar para o céu vazio,

As nuvens sem forma ou a lua a se esconder,

O Sol sem raios ou a neve sem frio,

Se conseguires, então acredita no meu viver.

 

Então acredita no meu viver, então vê o mundo em cinzento.

Então vê uma sombra isolada, a passar no meio da estrada.

Então vê essa imagem a afastar-se na segurança do teu retrovisor,

E então esquece-me, porque regresso a casa sem nada.

Era isto que tinha que acontecer não era? E sossega.

 

Os laços criados foram quebrados para a saída,

Este sitio que apago torna-se uma lembrança perdida,

O meu olhar vacila mas acredita nesta despedida.

 

Se encontrares alguém com olhar distante numa multidão,

Sou eu a escolher o melhor caminho na solidão!

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