25 setembro 2010

“bad english”, by Sócas

Quem é que no seu perfeito juízo vai a uma das maiores Universidades dos EUA (Columbia) representar um país e começa por citar Manuel Pinho, professor convidado nessa Universidade (entenda-se não pelo C.V. ou qualidade como economista, mas por convite da empresa organizadora da cadeira e benfeitora da Universidade – a EDP), para dar início a uma palestra sobre energias renováveis com uma piadinha sobre o seu “mau inglês”. Quem é o animal de presépio que perante algumas das futuras mentes que ditarão a evolução do mundo tenta uma piadinha que só num Centro Novas Oportunidades ficaria bem?

É o mesmo que concluiu com distinção a cadeira de Inglês num fim de semana em que a universidade estava fechada.

É o mesmo que dá a cara pelo Inglês no ensino primário.

É o mesmo que não se dá ao trabalho de se emocionar pela publicidade com Zézé Camarinha, verificar um seu ponto fraco, e inscrever-se para aprender inglês.

É o mesmo que também “magoa” o castelhano.

É o mesmo que, mal por mal, antes poderia promover a língua portuguesa.

A imagem que fica de Portugal certamente não será das nossas potencialidades para as energias renováveis.

 

Para mim o que ficou foi a de um Primeiro-Ministro do desenrascanço, do nacional porreirismo, do “you looking very whiter”.

 

Temos que admitir um cenário mais real do que a entrada do FMI.

Temos que admitir que Sócrates afinal é o actor Miguel Guilherme, mas não a fazer o papel de Bocage da política e sim o papel de Quim Fintas da politiquice e que a longa metragem “Fura-Vidas no Poder” está em rodagem.

 

Procura-se: Homens de Estado

Paga-se: Bom ordenado, horário flexível, regalias e carro emprestado pelas Águas de Portugal.

 

 

P.S.: Sim. Poderia falar de problemas de finanças ou economia, ou até de um arrufo de namorados que se passou numa escola de tango em Lisboa e prendeu a atenção de todos os meios de comunicação. Seriam temas muito pertinentes. Mas para quê? Se quem nos lidera é capaz de perder um jogo de xadrez com George W. Bush Jr. e quem o quer substituir é um namorado com “pés de chumbo” (palavras suas – antevendo a seu reinado?) tem tanto conteúdo como uma embalagem Tetra Pack vazia e com uma estranha tendência para “acreditar numa ideologia que à partida desconhece”.

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