07 outubro 2010

Perdemos algo no caminho do progresso.

 

Recordando os ideais republicanos que moldaram parte do mundo (não de Portugal – recordemos sempre que a 1ª República partiu de um regicídio cobarde, que a 2ª República se transformou numa ditadura fascista e que a actual República mais não é do que um burgo de políticos representantes de partidos e interesses pessoais e não de políticos representantes de uma Nação), venho por este meio renunciar a todos intervenientes nos Governos Constitucionais desde o dia 23 de Setembro de 1976 – dia em que os ideais de Abril caíram definitivamente por terra.

Manter-me-ei cidadão do país Portugal, onde tenho as minhas ligações sentimentais e tão valorosas para a minha percepção de humanismo (traduzidas na minha família e amigos), mas não reconheço nos seus governantes homens de carácter, que possam ser identificados como Homens de Estado.

Cumprirei com os meus deveres perante a Constituição da República Portuguesa de 1976, e reconhecerei os cargos de Estado que ela enuncia, mas não reconhecerei as pessoas que os ocuparam, ocupam e, infelizmente e previsivelmente, ocuparão, pois essa tal percepção triangular de humanismo -sentimentalismo nacional – republicanismo me induzem num “fado” consciente de perda da grandiosidade que era ser “Lusitano”, da mesma linha de Viriato, D. Afonso Henriques, D. João I, D. Nuno Álvares Pereira, Infante D. Henrique, Luís Vaz de Camões, Fernando Pessoa, Vasco Gonçalves (porque nele viveu aquilo que deveria ser o politico português) enfim, muitos de uma grandiosa "Ínclita Geração” (como Luís Vaz de Camões agruparia estes nomes numa só família).

Apelo, porque acredito que ser consciente, republicano e português é ser mais do que simplesmente procrastinador de interesses nacionais em prol de interesses pessoais ou grupais:

Homens de Estado precisam-se. Homens de Estado procuram-se.

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