24 janeiro 2005

Já não seremos…

Vamos, talvez ver televisão!
Bem, ou quem sabe, não ler um livro.
Exacto! Exilar todo o perigo,
Sugerido pela imaginação.

Confisquemos o ar do perfume,
E o som puro da chuva,
E o sabor do néctar de uva,
E o simples toque do ciúme,

O navio pode assim ancorar,
Adormecer no porto,
Parar a viagem com um ponto.

Fomos, talvez, um alguém
Ou, ate um cidadão
Duma sociedade sem imaginação.
Lembrados como um ninguém.

As lembranças estarão presentes.
O dia, claro que acordará,
A noite, sempre chegará,
Apenas mais sonolentos.

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