24 janeiro 2005

Navio Rebelde



Escondido no escuro, em busca do brilho,
Segue o navio solitário o seu trilho.
Igual aos demais, também se perde no nevoeiro.
Aos poucos torna-se incapaz de ser verdadeiro.

Deixa-se levar pelas ondas, rumo ao mesmo círculo.
Vê a terra a afastar-se, e lentamente repete o ciclo.
Fica à espera do vento, da rajada final,
Para acabar como os outros! Sem saber quem é afinal…

De repente muda a trajectória! Foge do porto de abrigo!
Rejeita a segurança do mundo e enfrenta o perigo!
Polémico! Afasta-se dos outros e ruma sozinho!
Sereias, em vão, tentem bloquear-lhe o caminho!
A vontade de descobrir outro mundo é maior!

Ele já nada teme,
Não é a aventura que é pior!
É saber que a rotina o impede de dar o seu melhor!

Se vencerá o Adamastor… Só o tempo dirá. 

2 comentários:

Anónimo disse...

Este poema é talvez um dos melhores poemas já mais escritos aqui na Blogosfera!! Consegues representar a vida e os caminhos a percorrer de uma forma sublime!! Pelo menos é o que este poema me parece!! Parabens

Anónimo disse...

Leaozinho... gostava de conseguir escrever alguma coisa como tu escreves mas é impossível... nunca chegaria aos teus pés!
Fico feliz por te conhecer e saber que realmente és uma pessoa à maneira... mas ao mesmo tempo que penso nisto fico chateada por ter estragado tudo!
Neste momento a única coisa quero (para além de um pratinho de cerelac, que estou esfomeada) é continuar a ser tua amiga, se é que isto ainda é possível! E resta-me esperar ser merecedora de um poema para mim.
Obrigada por todos os momentos que tivemos, apesar de incompletos.
Obrigada pelo cobertor de pelo (lol)... obrigada por seres muito alce quando queres... obrigada por tudo... até por seres quentinho.
Um grande beijo...