Numa auto-estrada de memórias,
À velocidade dos sentimentos,
O teu rosto passa constantemente.
A lembrar um vazio de momentos,
Esquecidos por não aceitar o
adeus.
Mostrei na tua última aparição,
O espírito rochoso, inquebrável!
Fragmentos e pó, era o que corria
no coração.
Fora, pedra. Dentro, desfeito
papel.
Escrito por lágrimas contidas.
Depois, tudo se eclipsou. Já eras
passado.
Recusava-me a pensar no céu.
Preferia aguentar-me no inferno.
Cresci mentalmente. Forte. Inabalável.
Só te encontrava aqui. Neste
caderno.
Este… Que tantas vezes se molhou.
Gotejado por lágrimas puras.
Regozijos indispensáveis.
Para me manter com a essência.
Que me transmitistes e transmites.
O teu rosto, desejo rever.
O teu abraço, desejo perdurar.
A tua voz, desejo conjugar.
A tua presença, desejo guardar.
Tudo em mim, para ser como tu.
Avô, pela primeira vez escrevo,
Escrevo aqui, nesta folha, nesta
tatuagem,
Neste dia, que renasço a ver a
tua imagem.
Não te esqueci, apenas acobardei
este momento.
Com medo de não perceber este
sentimento.
Obrigado.
1 comentário:
Muito bom!! Muita classe a abordar toda esta mescla que e a vida!! Gostei de todos!! Devias publicar muitos mais!!! Parabens
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