Quando a porta se abre, entro.
Nada encontro. A não ser memorias,
De brinquedos, que já não uso.
Da beleza, de um mundo perdido
Mas mesmo assim…entro.
Quando a historia se desenvolve, lembro.
Peripécias atribuladas, cuidadosamente detalhadas,
Frases, em uníssono de amizade.
O sorriso retém-se, porque…lembro.
Quando a ruga aparece, tento.
Mantenho um ar sereno e confiante,
Não escondo o grisalho em mim.
Olho para a frente e…tento.
Quem sou, para reter informação.
Coisas vividas, passadas anteontem,
Simples, como a rajada de vento,
Que apaga a chama intensa,
Do barco de madeira, cavalgando
As bravas ondas do mar, envolto
Pelo gélido, marcado nevoeiro.
Quando o olhar me resgata, choro.
Fixo a voz, de uma presença a baloiçar.
No baloiço que já não abana.
Recordo mecanismos do coração,
Já esquecidos, pela vida triste que encontro…choro.
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