16 janeiro 2010

ODE (2 Castiços ao jantar)

Uma ode (caracteriza-se pelo tom elevado e sublime com que trata determinado assunto, segundo o dicionário) às mulheres… Fuck! Quem é que estou a tentar enganar… Uma sincera introspecção sobre o que as mulheres significam para mim.

À minha Karen:

Todos os defeitos que encontro em ti são nefastas passagens da minha mente.
Pois tu…sim tu, és uma mulher! Pensas como uma mulher, ages como uma mulher, és bela como uma mulher, és inteligente como uma mulher, és ingénua como uma mulher, és calculista como uma mulher, és impertinente como uma mulher, és irracional como uma mulher, és única como qualquer mulher.

Não quero descobrir quem és. Nem beijar-te na paixão que sinto por ti. Nem tão pouco sussurrar no teu ouvido aquilo que tu pensas que és para mim. Não quero sequer ver quem tu és.
Nem tão pouco perguntar-te o que achas que és para mim.

Quero viver na ignorância de saber que o amor é algo que se sente, se constrói, que se destrói pela monotonia do dia a dia.

Quero perder-me nos teus dramas humanos de novela. Quero escutar os teus anseios de paixão. Quero partilhar os teus princípios de socialização. Quero ver-te no pedestal do poder...Quero tocar-te no entretanto do dia. Quero amar-te no adeus da noite. Quero desejar-te no depois das consequências. Quero conhecer-te amanhã.

Mas o amanhã nunca chegará.

É isso que torna tudo tão especial.
Ver-te, desejar-te e amar-te são coisas fáceis de fazer. Mas perdurar a insignificância do meu ser perante a opulência da tua significância é difícil e trabalhoso, e eu não consigo. Quero, mas não consigo.
Prefiro perder-te para o mundo e ver o teu sorriso. Ver-te dançar ao som da melodia que o teu coração toca no momento, sabendo que por um segundo essa melodia foi minha e fui feliz com ela, como jamais serei.

Prefiro seguir o meu caminho e amar errantemente todas as Karen´s de segundo que o mundo me fizer cruzar, pois, por um momento, como a noite será dia, voltarei a ver o sorriso de uma mulher aquando do meu abraço indeciso de paixão no fim de um beijo inacabado na história de um perfume de estação.

Adeus minha Karen.
Karen como tu não há nenhuma.
Karen´s depois de ti, são todas.
Adeus minha Karen.
Olá meus erros de paixão.
Pois Karen só há uma. Pois Karen´s são todas vocês.

7 comentários:

CaroLL disse...

Fogo gajo! Como já te disse, só tenho pena que não faças da escrita vida e que gostes de beber para escrever. Mas tu sabes escrever e bem!
bjto

asinhas disse...

gostei

asinhas disse...

p.s. wall-e em número 20? =)

Unknown disse...

Bem...
Relativamente ao Wall.e: Podia facilmente justificar pelo facto de ser um filme que partilhei com alguém especial e, portanto, foi mais especial do que realmente é na crítica pura. Mas não vou por esse caminho. Os 1ros 40 min cativam qualquer pessoa sem uma única fala! E em 2009 existir um filme mudo que nos cative assim, só pode querer dizer uma coisa: é brilhante. E com a companhia correcta é perfeito!

Michelle Karen disse...

Oi cara, mi sinto lisongiada por estas suas palavras, sao criadas por alguém que vive em constante sofrimento consigo próprio, e nao consegue ultrapassar seus problemas sentimentais.
E como eu ti compreendo. Gostei imenso dessa sua ode.
Se por acaso quiser desabafa alguma coisa ou algum probleminha, podxi contá com essa amiga aqui.
Um beijo

Unknown disse...

Boas,
Não é isso. Gostava que visses o texto, como o texto de alguém que amou muito uma pessoa e agora percebe finalmente que não a deixará de a amar. Simplesmente, como a amou e ama, tb amará as próximas mulheres que conquistem o seu coração. No fundo é uma ode de alegria, por ter conhecido o amor, o ter perdido e estar pronto para o voltar a encontrar numa próxima oportunidade, porque a vida é um ciclo e a pessoa deve sentir-se bem com ela mesmo, e isso já consegui. Agora é só aproveitar este alento e percepção e deixar a porta abera. Mas obrigado por ter lido. Tente ler isto outra vez num dia em que se sinta mais positiva. Verá que tenho razão...

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.