18 maio 2010

Andei a pesquisar

http://www.parlamento.pt/DeputadoGP/Paginas/EstatutoRemuneratorioDeputados.aspx

Agora é tirar 5%… mal dá para viver!?!???

Mas, não é a parte da tabela dos vencimentos que assusta mais, é o que vem por baixo!

Isto é o exemplo?

Por isso é que já se fala de “tango” a dois!

 

 

Krugman defende no seu blog do Wall Street Times a queda relativa dos salários de até 30% em Portugal.

Se, tal como apontei no post anterior, essa queda de 30% for baseada na ponderabilidade e tiver como intuito baixar os ordenados da classe dirigente, alta e média alta. Abarcando a classe média com uma descida de 15-20%, então o nivelamento iniciará. Esse movimento e refluxo terá uma consequência óbvia – o nivelamento dos preços para os seus valores reais, excluindo o factor especulativo.

Se fizermos um gráfico com o ordenado mínimo e com o poder de compra, vemos que entre 1974 e 2010 mantivemos exactamente a mesma relação. Dá uma recta paralela perfeita. Mas, se avaliarmos os salários médios, médios-altos e altos, aí já vemos outra recta, diagonal crescente. É isso que está a provocar a inflação dos preços e a disparidade entre a relação trabalho/rendimento. Lá por estarmos numa zona euro, não quer dizer que tenhamos de ter os mesmos preços que a restante Europa. Não. Devemos ter os preços correspondentes às nossas remunerações reais. E, o primeiro passo é baixar os ordenados elevados que os preços também baixaram conforme os produtos consumidos.

Reparem num exemplo muito prático - comprem uma peça de roupa na Zara e vejam como ela é vendida nas mais variadas partes do mundo (inclusive na Europa) e a disparidade existente entre preços.

Mas não deixa de ser vendida, mesmo nesses países. Não temos que ter medo de baixar os ordenados altos porque os bens de primeira necessidade possuem pouco poder de inflação (excepto quando os “magos” de Wall Street decidem que são bens especuláveis – relembro a idiotice da bolsa em 2008 que quase matava toda a África, porque os “magos” investiram em fundos agrícolas – isso é que o FMI devia controlar e bem) e serão sempre acessíveis.

Os bens médios e de luxo, certamente também não vão fugir.

Mas nunca, nunca baixar o salário mínimo. Manter para já, e o primeiro, e de preferência único, a subir, mal haja manobra.

Vamos mudar de mentalidade. Dar um passo atrás para dar dois passos à frente.

Sem comentários: