Provei um trago de sangue.
Escorria incandescente pela pele.
Vermelho intenso, a manchar os lábios,
Que rasgavam o corpo e a alma,
De mais uma, da geração insangue.
Senti todo um êxtase sobrenatural.
Parecia que descobrira o segredo.
Aquele pelo qual alquimistas sonharam,
E vampiros se ligaram a morte.
Qual tormento pelo sabor total!
Saboreei-lo como um bom vinho.
Degustei-lo lentamente, sentindo a pureza,
O sabor, a temperatura, a espessura.
Tudo a escorrer pelo organismo.
Tendo o coração como caminho.
Ai! Um orgasmo terreno é tão bom.
Ver um corpo despido de preconceitos,
A esvaiar gotículas de sangue puro.
Dando-o a beber a um amante errante.
Gemendo, gritando, esbatendo som.
Ai! Carnívoro pecado capital.
Possuis-me rumo ao escuro.
Desejando a minha alma.
Seduzindo-me com tentações imorais.
Dando imortalidade a um simples mortal.
Isto é o resultado! Isto é o resultado!
Quando me perco por uma tentação.
Isto é o resultado! Isto é o resultado!
Quando toco no sobrenatural.
Encontro perdições orgiásticas,
Que me marcam na pele, que me perseguem.
Diariamente a percorrerem-me a mente.
Obrigando-me a caminhar por trovões,
Tempestades de análises, de ilações,
Reforçando a minha mentalidade.
Rumo á descoberta do ser.
10 abril 2006
Paraíso
Meu paraíso, procuro-te desesperado!
Encostas íngremes, caminhos traiçoeiros,
Falésias mortíferas a um tropeção de distância.
Não te alcançar, deixa-me… prosaicamente desolado.
Sem descanso, olho, tento, sigo.
Beijo nuvens, trovões e estrelas,
No sopé de cada montanha ultrapassada.
Mas resgato-me no horizonte e caminho.
Deixo, à deriva, o vento comandar.
Sinto o seu empurrão em cada passada,
A ajudar-me a alastrar este fogo interno,
Pelas planícies desérticas que reflectem o luar.
Durante a caminhada sagrada,
Observo a beleza desta natureza primitiva.
Flores exóticas, animais puros,
Rostos de uma terra imaculada.
Tudo, parece-me novidade!
Olho-os com olhar de criança!
No entanto, mantenho-me objectivo!
Sigo em frente cheio de certezas!
Mas depois, paro para descansar, percebo…
Analiso velozmente e descubro…
Que a verdadeira razão da busca.
É descobrir o que quero.
Concluo portanto, que o paraíso perdido,
Não será somente, um local sagrado,
Mas um rosto familiar que me atormenta.
Chamando-me no fim das forças ao seu caminho.
Já, rendido a evidência da paixão,
Radicalizo o meu projecto, transformo-o,
Incuto-lhe a componente amorosa,
Vejo o meio-termo, no meu coração.
Acordo, então suado, perdido.
Olho para o lado e vejo-te.
Bela essência adormecida.
Protectora da minha lucidez louca.
Compreendo que me das equilíbrio.
Para viver entre o sonho e o pesadelo.
Entre o sonho e a realidade.
Entre o sonho e o projecto.
Que projecto? Talvez de viver,
Pensando que te posso perder.
Rendido por não te querer perder.
Numa passagem tão simples tão pura,
Como o dia passa para noite.
Tu abres os olhos, sorris.
Perguntas se estou bem.
Aconchegas-me o dormir, num beijo.
Agarras-te a mim e esqueço,
Todas as pieguices passadas.
Que surgem de um pesadelo
Sabendo que com o amanhã, tudo passou.
Durmo nos teus braços.
A agradecer-te por seres minha casa.
Mostrar-me que o pesadelo passou.
Mostrar-me que o sonho chegou.
Perceber que o pertenço aqui ao paraíso!
Aqui adormecido, agarrado ao teu corpo.
Juntando as nossas almas, sossegados.
O meu paraíso não é o absoluto.
O meu paraíso é o teu amor.
Encostas íngremes, caminhos traiçoeiros,
Falésias mortíferas a um tropeção de distância.
Não te alcançar, deixa-me… prosaicamente desolado.
Sem descanso, olho, tento, sigo.
Beijo nuvens, trovões e estrelas,
No sopé de cada montanha ultrapassada.
Mas resgato-me no horizonte e caminho.
Deixo, à deriva, o vento comandar.
Sinto o seu empurrão em cada passada,
A ajudar-me a alastrar este fogo interno,
Pelas planícies desérticas que reflectem o luar.
Durante a caminhada sagrada,
Observo a beleza desta natureza primitiva.
Flores exóticas, animais puros,
Rostos de uma terra imaculada.
Tudo, parece-me novidade!
Olho-os com olhar de criança!
No entanto, mantenho-me objectivo!
Sigo em frente cheio de certezas!
Mas depois, paro para descansar, percebo…
Analiso velozmente e descubro…
Que a verdadeira razão da busca.
É descobrir o que quero.
Concluo portanto, que o paraíso perdido,
Não será somente, um local sagrado,
Mas um rosto familiar que me atormenta.
Chamando-me no fim das forças ao seu caminho.
Já, rendido a evidência da paixão,
Radicalizo o meu projecto, transformo-o,
Incuto-lhe a componente amorosa,
Vejo o meio-termo, no meu coração.
Acordo, então suado, perdido.
Olho para o lado e vejo-te.
Bela essência adormecida.
Protectora da minha lucidez louca.
Compreendo que me das equilíbrio.
Para viver entre o sonho e o pesadelo.
Entre o sonho e a realidade.
Entre o sonho e o projecto.
Que projecto? Talvez de viver,
Pensando que te posso perder.
Rendido por não te querer perder.
Numa passagem tão simples tão pura,
Como o dia passa para noite.
Tu abres os olhos, sorris.
Perguntas se estou bem.
Aconchegas-me o dormir, num beijo.
Agarras-te a mim e esqueço,
Todas as pieguices passadas.
Que surgem de um pesadelo
Sabendo que com o amanhã, tudo passou.
Durmo nos teus braços.
A agradecer-te por seres minha casa.
Mostrar-me que o pesadelo passou.
Mostrar-me que o sonho chegou.
Perceber que o pertenço aqui ao paraíso!
Aqui adormecido, agarrado ao teu corpo.
Juntando as nossas almas, sossegados.
O meu paraíso não é o absoluto.
O meu paraíso é o teu amor.
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