31 maio 2011

APELO AO VOTO…

Bem. Como a campanha eleitoral já passou todos os limites possíveis do bom gosto, gostaria de apontar o meu caminho e apelar ao voto útil no Domingo.

Eu voto CDU (preferia votar PCP, mas pronto). Quem ainda está indeciso faça o favor de votar PS ou PSD.

"A César o que é de César". E esta crise gravíssima deve e tem que estourar nas mãos de quem a criou.

Por razões muito simples.

A obrigatoriedade da pseudo-Junta de Salvação Nacional PS-PSD/PP (não necessariamente no Governo mas muitas e ruinosas vezes na AR) que poderá ser imposta pelo Sr. Aníbal é excelente para os portugueses abrirem os olhos.

Votem na desgraça, para que esta chegue mais cedo e a democracia possa finalmente ser renovada.

A troika veio com um resgate que só é possível com um crescimento de 5-6% ano. Nenhum dos três partidos ligou a isso e assinou por baixo. Agora estamos comprometidos com algo só possível se houver um genocídio de todas as pessoas com remunerações sociais.

Portanto, os mais fracos serão encostados à parede. Só que, à falta de balas, não serão liquidados e haverá a revolta social que esta democracia tanto precisa.

Será o verdadeiro teste se nós, habitantes lusos, estamos juntos por um Estado melhor, ou se preferimos viver bem sabendo que o mal do vizinho é maior.

Como gostei muito que vários líderes políticos apontassem a Argentina como mau exemplo em relação ao FMI, regozijo-me por saber que a Argentina teve no governo políticos com exactamente a mesma mentalidade que os actuais políticos do eixo da governação possuem, que implementou exactamente as mesmas medidas que estes partidos tentarão aplicar, e actualmente através da falha dessas politicas, a sua recuperação económica assente num processo comedido do bolivarianismo social da América Latina.

Por isso, se estão indecisos votem PS ou PSD, obriguem-nos a assumir as políticas que assinaram e vejam como estas não funcionaram na Argentina, no Brasil, na Grécia e na Irlanda. Vejam o Passos, o Sócrates e o Portas a entrarem na Portela com rumo a Angola (a escolha deste país nesta crítica é propositado) tal como o antecessor dos Kirchner´s.

Eu voto na CDU. Quero 10%. Também quero que o BE (apesar de abominar tanta coisa nesse partido) chegue aos 10%. Depois quero que os seus líderes agradeçam todo o apoio a eles conferido e marquem a data para o fim dos seus mandatos, pois está na hora de uma forte renovação na esquerda, nomeadamente com líderes mais comunicativos, audazes e sagazes, para, caso encontrem vendedores da banha da cobra não sejam apanhados de surpresa como foram nestes debates. Já agora, com uma melhor estrutura ao seu redor a nível de marketing político (mas a dizer verdades, atenção).

Indecisos, votem PS e PSD! Não porque acredito que estes sejam a solução para o problema em que vivemos, mas por acreditar piamente que estes querem mas não sabem liderar o país num dos seus momentos mais difíceis, e para que o manto de veludo que os rodeia, a máscara com que eles passeiam, se destrua, para que Portugal, finalmente retome o caminho de uma democracia popular e acabe de vez com esta demo-cracia dos partidos para os partidos.

Eu voto CDU, mas se tivesse dúvidas que o “triunvirato” PS-PSD/PP não chegasse ao poder, em prol de um bem maior num futuro próximo, o mal menor seria votar num destes. Daí apelar aos indecisos que votem neles e que fiquem atentos ao que se vai passar. Este tem que ser o mandato final da democracia dos partidos! A Democracia Popular chegará e quem desgovernou este país tem que prestar contas quando o resgate falhar!

Resta saber se a fibra do nosso povo será “quanto mais me bates mais eu gosto de ti” ou “Evolução é Revolução”!!!!!

Daqui a 3-4 anos espero ter razão, e estar a anunciar o meu apoio à CDU numas legislativas em que o povo saberá perfeitamente quem andou a mentir durante esta campanha.

Daqui a 3-4 anos espero anunciar o meu apoio à CDU, sabendo que um Governo de Esquerda poderá devolver ao povo a democracia roubada pelo PS-PSD/PP.

Depois, da destruição surgirá a vanguarda. Do deserto surgirá a certeza. Da verdade surgirá a reconstrução. Da união surgirá a solução. Do fim surgirá a esperança. Renasceremos como um país mais unido depois da tempestade que será esta futura Junta de Destruição Nacional.