05 outubro 2006

Falta de Confiança

Ficar parado a olhar.
Faltar Coragem.

Tão bela, tão destrutiva.


Perfeito pecado capital,
Nessa cara de anjo salvador,
Sonho para qualquer mortal,
Mas de contornos tão ruinosos,
Nesta ténue pureza da alma.
Sempre que a olho, nos seus verdes olhos.

Ela sabe, que não a vou salvar.
Medo, tenho para acreditar.
Com a indiferença, que me persegue.

Não vou ficar parado a olhar.
Não encontro a coragem.

Tão bela, tão destrutiva.


Porque deambulo nas portas do inferno,
Sempre que esse sorriso reluz?
Ingénuo, puro, imoral, meu veneno.
Como posso abandonar o sonho.
Apenas, resguardar a silhueta nos sonhos.
De uma memória que não chegará ao Paraíso.

Vou deixar-te partir, a olhar,
Acompanhada, por outra sombra, que não a minha.

Não encontro coragem para te alcançar.
Não encontro coragem para te resgatar.
Vou deixar-me Perder-te.

Tão bela, Tão destrutiva.